Claro que a analogia parece estapafúrdia, mas os “modus operandi” se equivalem. Em quase 3 décadas de existência, passaram pelo programa Falando Francamente nas mais diversas emissoras em que foi apresentado, médicos, advogados e, claro, políticos, independentemente da sigla partidária a que pertenciam. Na base do “fel e do fígado”, todos foram interpelados indistintamente e sabedores da forma com que a entrevista era conduzida, não poderiam se abster das respostas. Inexoravelmente, o jornalismo ético e isento, onde “pau que dá em Chico, dá em Francisco”, gera descontentamentos, perseguições e aborrecimentos, ações movidas por aqueles que desejam encabrestar a imprensa, especialmente em Corupá. Na semana passada, por ocasião do feriado, sugeri à emissora local a reapresentação de programas anteriores e tendo em vista os pedidos encaminhados através de mensagens via aplicativo, indiquei a entrevista com a secretária municipal de saúde, Bernadete Hillbrechet. Qual não foi minha surpresa ao ser informado de que os “diretores” VETARAM a reapresentação, usando algumas justificativas que “se me cuspirem, eu vomito.” Paciencioso, acatei a “orientação” e , confesso, nem sei que programa foi ao ar. Ontem (9), o convidado foi o ex-prefeito e ex-deputado de Jaraguá do Sul, Ivo Konell (PSB), entrevista agendada há meses. Após o programa, fui surpreendido por um “comunicado” da direção (está abaixo) que, mesmo diante das sérias dificuldades que possuo, tendo em vista as minhas limitações de raciocínio, consegui interpretar: “política” (disse o interlocutor), não fazia parte do Falando Francamente. Engraçado, é ter presenciado um abraço fraterno antes do início do programa entre aquele que me enviou a mensagem e o convidado, atitude típica da hipocrisia corupanese. Como relatado no introito da notícia, convidados políticos sempre fizeram parte do “cardápio” de entrevistas do programa. Recentemente, por exemplo, tive a honra de entrevistar o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB). Ai pode! Quando um veículo de comunicação se presta a servir determinados setores políticos, ignorando o direito ao contraditório e a imparcialidade a que se deveria se propor, a comunidade fica aleijada de uma informação séria e se não se atentar, se torna massa de manobra, onde os interesses escusos e pessoais, sobressaem ao coletivo. Com décadas de experiência na comunicação e avesso à sujeira impregnada no meio político, tal qual um câncer cheio de metástase, e seguindo o jargão popular de que “os incomodados que se mudem”, decidi por não apresentar mais o programa no rádio. Arcaico e da época de curso de datilografia, sempre reticente às novas ferramentas digitais, hoje entendo que elas são importantes aliadas àqueles que não se conformam com o oportunismo, o jogo macabro de interesses pessoais e o desejo em manipular a sociedade. Sendo assim, a partir do ano que vem, o Falando Francamente será apresentado nas redes sociais. Por fim, como tive a honra de ser vice-presidente da ACAERT (Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e TV), e conhecedor profundo da legislação da radiodifusão brasileira, a novela está apenas no primeiro capítulo e as próximas cenas não chegaram ao set de gravação. “Quem com ferro fere, com ferro será ferido.”nnMensagem que nos foi enviada:nn” Boa tarde.nnsobre a intrevista do Ivo Conennisto não e programa falando francamentenné políticanna Deretoria não quer isso pra a fênix f.mnnConlel”nn