O empresário Luciano Mafassoli, 47 anos, assassinado a facadas durante uma discussão no sábado (5) em Dona Emma , no Vale do Itajaí, havia apostado R$ 5 mil no resultado das eleições presidenciais com o vereador Valdir Siqueira (MDB), presidente da câmara, suspeito do homicídio, segundo o delegado Juliano Tumitan. O valor já teria sido pago, em espécie, conforme relato de testemunhas à polícia. A informação será confirmada na investigação.

O empresário era proprietário da empresa LS Madeiras, onde, conforme identificou a reportagem, havia uma faixa em apoio a Jair Bolsonaro (PL) até a tarde de domingo (6).O delegado salientou que todos os envolvidos eram amigos antes da campanha eleitoral começar. Outros dois homens que estavam com a vítima foram golpeados na ocasião, sem gravidade. Ambos devem ser ouvidos pelo delegado, assim como outras quatro testemunhas, a partir desta segunda-feira (7).
Segundo a delegada plantonista Elisabete da Cruz Prado, os três amigos participavam de um churrasco no bar, quando o vereador que teria trabalhado na campanha de Lula (PT) chegou ao estabelecimento e pediu uma cerveja. Após beber, por volta das 14h15, o político foi em direção aos três homens para cumprimentá-los. “[Neste momento] iniciou uma discussão, e depois vias de fato [agressões], entre o autor e a vítima fatal”, diz a delegada. A confusão começou dentro do estabelecimento e continuou ao lado de fora, onde seguiram se agredindo. “O autor foi até o carro dele, pegou uma faca que estava sobre o banco e esfaqueou os três, segundo testemunhas”, descreveu a delegada.
O que diz a Câmara de Vereadores
O agente legislativo da Câmara de Vereadores de Dona Emma Jean Carlos Rizzieri disse que “vai se reunir com a assessoria jurídica na segunda para discutir as medidas a serem tomadas a respeito do vereador Valdir Siqueira (MDB), que também é presidente da Câmara”.
Rizzieri também informou que o político não entrou em contato com a equipe do legislativo até a tarde de domingo, e que, até segunda ordem, as sessões serão presididas pela vice-presidente Eliani de Fátima Novak (MDB).
Via G1