A Polícia Militar confirmou que horas antes de cometer suicídio, o menino de 11 anos conversou com sua mãe sobre a personagem “Momo”, que vem aterrorizando pais e filhos com mensagens que induzem ao suicídio. O caso aconteceu em Itapema, Santa Catarina. Alguns meios de comunicação afirmam que o vídeo não existe no Youtube, porém diversas famílias relataram terem assistido naquele site. O corpo da criança foi encontrado com uma corda no pescoço pela mãe durante a manhã desta sexta-feira (22). Ela contou que seu filho era uma criança muito amorosa e que não apresentava nenhum problema psicológico, porém, jogava muitas horas por dia e que na noite de ontem fez comentários sobre Momo. Ela mandou o menino desligar o computador e ir dormir e também foi deitar. Pela manhã, o garoto já estava morto.nnFonte: http://www.jornalrazao.comnnEntenda MelhornnA suposta aparição da Momo entre vídeos infantis no YouTube não foi comprovada pelo Google, mas a boneca-monstro tem assustado as crianças mesmo assim. Pais e mães têm relatado em redes sociais casos de crianças que tiveram sonhos intranquilos por causa da personagem, mesmo que não tenham tido contato com o vídeo que circulou intensamente por mensagens, em que ela aparece ensinando os pequenos a cortar os pulsos.nnHistórias fantasiosas em torno da Momo estariam sendo compartilhadas entre as crianças – como uma em que, caso alguém diga três vezes que não acredita na boneca, a personagem virá encontrá-la à noite. Como a Loira do Banheiro, o Bicho-Papão, o Capeta da Vilarinho e o Chupa-Cabra, que deixaram outras gerações impressionadas no passado, a Momo estaria alimentando histórias de terror entre crianças.nnMesmo que a boneca-monstro tenha ganhado ares de lenda urbana, a psicóloga Lívia Pires explica que há uma particularidade nessa questão. “Isso é complicado porque a criança não distingue realidade de fantasia. E a Momo é pior do que a Loira do Banheiro, porque esta é pura fantasia, enquanto a Momo se materializa no jogo de desafio e consequências que circulou pela internet”, explica a psicóloga.nnSegundo ela, foram os próprios pais, de forma inconsciente, que deram realidade ao caso da boneca. Afinal, se no passado, as mães diziam “a Loira do Banheiro não existe”, hoje elas dão outro tratamento: “se você vir a Momo, venha me contar”. O próprio discurso dos adultos atesta a existência do perigo.nn“E as crianças perceberam a ansiedade que os pais estavam sentindo da Momo ao abordar o assunto. Elas pensam: ‘se o meu pai, que é meu protetor, ficou com medo, então eu tenho realmente que ficar com medo’”, explica Lívia. “O alarde é muito maior do que o problema em si. O medo da Momo é fruto de uma histeria coletiva”.nnAs histórias aterrorizantes sobre a Momo que circulam entre as crianças se desenvolvem de forma orgânica, de acordo com a psicóloga. Elas compartilham e alimentam as fantasias sobre a boneca. “A criança ouve histórias sobre o assunto e ‘quem conta um conto aumenta um ponto’. Dessa forma, essas histórias vão se tornando realidade para ela. E na era digital, o virtual e o real se confundem”.nnDiálogo e carinhonnCaso o filho demonstre medo por causa da Momo, o segredo para lidar com o problema é estabelecer um bom diálogo – exercício que deve ser feito frequentemente e não pontualmente, segundo a psicóloga. “Existem ameaças o tempo todo, dentro e fora de casa. É preciso estabelecer um vínculo de comunicação para que possam falar sobre as ameaças juntos, com tranquilidade, sem alarde”.nnSe a criança tiver pesadelo no meio da noite, o melhor remédio é o abraço e o acolhimento. “Não tem Momo que vença uma noite juntinho com papai e mamãe. Não há problema nenhum em oferecer amor no momento de dificuldade”.nnfonte: https://www.hojeemdia.com.br